quinta-feira, 14 de março de 2013

Clube de Mães promove jantar solidário

O Clube de Mães Estrela de Belem, desde sua fundação em meados de 2012, vem atuando brilhantemente. Como se já não bastasse o apoio constante dado aos membros do Capítulo Reis Magos, as mães integrantes do grupo trabalham de forma a manter a união e integração entre as mesmas, seja com trabalhos capitulares ou independentes.

A título de fortificação do laço entre as "Mães Estrelas" e nas proximidades da renovação da diretoria, surgiu a ideia da realização de um jantar solidário para os moradores de rua da cidade de Natal. Esta atividade já fora realizada pelo Capítulo, em dezembro de 2012, em cumprimento ao Dia do Conforto. O sucesso da atividade encorajou o Clube a tomar esta iniciativa e por tal ideia em pauta para que seja uma atividade mensal.








"O intuito desta ação é simplesmente ajudar, fazer alguma coisa por quem precisa. Nosso grupo é muito bom, não só o Clube de Mães, mas também os amigos que vão sempre comparecer e compartilhar, também. Nosso objetivo inicial é fazer o jantar uma vez ao mês.", declara Tia Silvia, atual tesoureira do Clube.

terça-feira, 12 de março de 2013

Plenário Clovis Motta homenageará a Ordem DeMolay

Todos os anos a Ordem DeMolay homenageia seu patrono, o francês Jacques DeMolay, nas proximidades do dia 18 de março, data a qual foi historicamente registrada pelo marco de seu martírio. Em virtude deste acontecimento, atualmente o dia 18 de março figura como Dia Internacional, Nacional, Estadual e Municipal da Ordem DeMolay. 

Em Natal, o tributo à instituição acontecerá em forma de Sessão Solene nas dependências do Plenário Clovis Motta, Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN), através da proposição do então Deputado Estadual Kelps Lima. O Deputado já pertenceu a uma das centenas de "células" da Ordem DeMolay, os chamados Capítulos. Com três unidades na cidade de Natal e dezenove em todo o Rio Grande do Norte, o Presidente da ALRN, Ricardo Motta, convidou todos os representantes dos Capítulos (Mestres Conselheiros) para se fazerem presentes na solenidade do dia 18 de março.


sexta-feira, 8 de março de 2013

Dia da Mulher



Recompensa


           Hoje a Ordem DeMolay me presenteou com um momento ímpar. Fico imaginando: “E se eu não fosse DeMolay, um dia eu iria passar por esse episódio? Iria aprender metade do que aprendi hoje?”. Não é a primeira vez que eu e outros milhares de jovens somos contemplados pela Ordem com uma ocasião excepcional. Promover alguma mudança na sociedade através da nossa instituição é muito gratificante, e esse benefício também atinge a nós, DeMolays. Dessa forma, hoje eu compartilho algo que eu não dei, mas recebi, graças à minha obrigação de participar de um Dia Devocional – um dos 09 “dias obrigatórios” do ano.

            A missão do meu Capítulo era visitar um templo da religião muçulmana. O local que representa a religião no nosso Estado é a Associação Beneficente Muçulmana do Rio Grande do Norte. Tudo fora agendado de forma que participássemos de uma das orações do chamado “Salá”.

            O Salá, Salat ou Salah refere-se às cinco orações que todo muçulmano deve realizar diariamente em direção à Meca, na Arábia Saudita. Lá, o último mensageiro de Deus, Muhammad – mais conhecido como Maomé –, proclamou o Islamismo. E, em virtude desse marco histórico, Meca se tornou a cidade mais sagrada do mundo para os mulçumanos.

            As cinco orações devem ser efetuadas em árabe, mesmo que o crente não conheça a língua, e em etapas do curso do Sol: Fajr, ao alvorecer; Dhur (ou Zhur), ao meio-dia, depois do sol ter atingir o seu ponto máximo; Asr: entre o meio-dia e o pôr-do-sol; Maghrib: logo após o pôr-do-sol; Isha: de noite, pelo menos uma hora e meia após o pôr-do-sol e antes da hora de fajr.

            Para mim, em particular, o Islã era algo obscuro, distante da minha realidade, obsoleto e até – inexplicavelmente – intolerante e preconceituoso. Naturalmente, todos tínhamos mitos na cabeça, os quais foram criados simplesmente pela falta de informação e, porventura, da dependência intelectual da mídia. Talvez, antes daquele dia, os preconceituosos fôssemos nós. Visitar o lugar e conhecer um pouco do islamismo era algo desejado por mim e por todos os meus irmãos, haja vista a grande riqueza de informações novas que estávamos prestes a receber.

            Temerosos em atrasar-nos para a oração comunitária do meio-dia, muitos de nós chegamos bem antes do horário determinado. Nos minutos que antecederam a ocasião, fomos extremamente bem recebidos pelos anfitriões, especialmente pelo Tawfic, o líder da associação islâmica aqui em Natal. Este fez uma explicação muito bem detalhada sobre o Islamismo, pescando contextos históricos e contemporâneos e apresentando toda a tradição da religião, desde o processo de conversão até o comportamento cotidiano de um muçulmano. Jesus para o Islamismo? Um grande líder espiritual, um dos profetas de Allah, um dos mensageiros de Deus. Jesus Cristo é reconhecido por sua jornada na Terra não como O Filho de Deus, mas como um profeta dentre tantos outros. Os adeptos do Islamismo creem na sua profecia assim como na de Moisés, Davi, Jacob, Isaac, Ismael, Abraão e, por último, Maomé. Com efeito, eles creem na unicidade divina, na sua onipotência. Temem ao criador e diante dEle são servos. Era notória a ansiedade nos olhos de cada um de nós em busca de internalizar aquelas inúmeras informações.

            Algumas mulheres chegavam continuamente ao local para a oração comunitária, utilizando o véu em volta de suas cabeças e braços. Isso ilustrava o momento e nos fazia sentir mais ainda dentro daquela explicação do Tawfic. Sinto-me infeliz por não poder compartilhar com os leitores tudo que eu pude absorver lá dentro. Porém devo ressaltar que jamais fui tão bem recebido em uma casa de outra religião. Era visível a alegria que eles tinham em nos acolher.

            Antes de começar a Oração, foi nos oferecida a Ablução (do latim ablutio, “lavagem”). Isto consiste no ato de purificar o corpo das impurezas que acumulamos nas horas que antecedem o momento. Com água corrente, lava-se os braços, a boca, o rosto, os cabelos e os pés. E assim todos fizemos. Logo em seguida, deu-se início ao momento litúrgico, sob a guia do líder Tawfic. Foi aí que rememorei aquele ritual que eu sempre via pela televisão. Os devotos realmente ajoelham-se encostando a cabeça no chão, entoando suas orações na língua árabe, na direção de Meca.

            Confesso que, por vezes, sentia-me muito mais ansioso que reverente. Percebia isso nos outros irmãos. Mas era inevitável. Ficávamos impressionados com a devoção e fervor com os quais eles realizavam suas preces. Fazia parte de suas vidas. Para eles, dedicar-se à religião não parecia ser um momento, mas um hábito contínuo e diário.

            Após o momento coletivo, voltamos a conversar com Tawfic. Fomos presenteados com dois exemplares do Corão (Alcorão) e alguns livros explicativos do Islã. Várias perguntas foram feitas aos islâmicos da associação, abordando história, comportamento e papel na sociedade. Alguns de nós tínhamos de ir embora, porém relutávamos para deixar o local. Parecia que havíamos acabado de viajar para o outro lado do mundo. As respostas puxavam mais perguntas e, nesse dilema, fomos chamados para almoçar juntamente com todos eles.

            A refeição não era diferente do que se vê no Brasil. Arroz refogado e galinha cozida, com um delicioso suco de goiaba, serviram a todos os presentes. Foi explicado que a carne animal – exceto a suína – é permitida ser ingerida, desde que o animal seja abatido, preferencialmente, com golpes que o façam sangrar completamente, sendo proibido alimentar-se do seu sangue.

            Ademais, também fomos interrogados sobre a Ordem DeMolay. Foi válido destacar o motivo pelo qual havíamos procurado o templo daquela religião. A palavra era inovação. Discernimento. Por em prática nossa liberdade religiosa e abrir a mente para o respeito à crença alheia; ir além da fronteira, ser compassivo e tolerante com aquilo que é diferente da nossa cultura. Aquela visita configurava não apenas um dia diferente para os DeMolays do Capítulo Reis Magos, mas também a importância da integração e intercâmbio de conhecimentos que deve haver entre os povos e suas culturas. Não havia nada que pagasse aquele dia memorável. Uma oportunidade que eu temia não encontrar...

            Hoje, os dois livros do Corão repousam sobre as estantes do Capítulo. E lá está a lembrança de um dia marcante. Um dia que a Ordem DeMolay me deu, que Frank Shermann Land me guiou até ele.

            É com esse episódio que eu passarei a criticar a mesmice dos dias obrigatórios. Mude. Inove. Não precisamos assistir no próximo ano à mesma palestra sobre templários ou sobre a fundação da Ordem DeMolay. Não precisamos somente desfilar pelas ruas no 07 de setembro para cumprir com o Dia do Patriota, tampouco fazer a mesma homenagem aos nossos pais em seus dias. Estamos nesta Ordem para conhecer o desconhecido, praticar o ainda não-praticado, falar aquilo que não foi dito. Vivemos em um ciclo justamente para girarmos várias vezes e termos a oportunidade de adquirirnovos conhecimentos.

            Espero um dia poder ver sobre o Altar DeMolay um Corão, um Torá, um conjunto de livros que denotem, concretamente, em meio às reuniões capitulares, nossa liberdade religiosa, sem a qual não poderia haver liberdade civil. Já que a função da nossa liturgia é relembrar e repensar valores, que um dia eles repousem no altar dos juramentos como uma lembrança viva deste dia devocional.

            Obrigado, Ordem DeMolay!


Salaam Aleikum (que a paz esteja sobre vós),
Pedro Rocha Formiga Júnior
Membro do Capítulo Reis Magos nº 15

terça-feira, 5 de março de 2013

Dia Devocional


            O islamismo é a maior religião do mundo contemporâneo e, ainda assim, continua angariando novos adeptos todos os dias. O Brasil, maior país católico do mundo, não está à parte das estatísticas: todos os dias, cinco brasileiros se convertem ao Islão. Este panorama relata não só um dado curioso que passa despercebido em nosso cotidiano, mas também a necessidade de compreender e conhecer uma religião de tamanha importância e fascínio, além de seus próprios adeptos, alguns dos quais, aqueles que por ventura conferissem os requisitos, poder-se-iam tornar-se Demolays.

            Certa feita, outro aspecto deve ser levado em conta: desmistificar a xenofobia para com o povo árabe, provocada em grande parte pela propaganda estadunidense responsável por legitimar as causas das guerras no Oriente Médio, as quais, despidas das poucas e dignas razões, tem sua existência baseada na posse de recursos estratégicos e no controle da indústria e comercialização destes.

            Vale salientar também, desta vez por uma perspectiva mais histórica e distante que a nossa, a importância dessa experiência para a “desratização” da memória dos mouros, árabes e sarracenos cruzados, inimigos estes dos Cavaleiros Templários, aqueles que, inconscientemente, aprendemos a venerar como exemplos de justiça e cavalheirismo, ainda que, na verdade, fossem também exemplos não tão nobres, numa espécie de idealismo excepcional graças ao fato de que Jacques Demolay fora Grã-Mestre dos Templários.


            Compareceram à atividade os irmãos Caio Fernandes, Pedro Formiga Júnior, Gabriel Villarim, João Paulo Lopes, Matheus Madson, Yuri Oliveira, Elmir Andrade, Matheus Pifrader e Raul Rodrigues.
As atividades tiveram início às 10h30min, com uma palestra introdutória conduzida pelo Iman (o responsável pela condução das orações) da congregação, o senhor Twafic. Ele falou conosco à cerca da história do Islão e sobre no que consiste os cinco pilares de sua religião: a peregrinação à Meca, a esmola, as orações diárias, o jejum no ramadã e a fé em um Deus único e Maomé como seu profeta. Depois, passou a falar sobre peculiaridades, como o casamento poligâmico e o conceito de jihad, que, no final, não era aquele que a própria mídia nos ensinava. Por fim, chegou o tempo de realizar a oração do meio-dia. Assim, nos conduziram à ablução, procedimento de purificação realizado com uma série de lavagens simbólicas em diversas partes do corpo. Depois, tomamos parte com a comunidade na oração, realizada parte em árabe, parte em português. Primeiro, escutamos um sermão sobre o amor á Deus, ao profeta Maomé e a própria humanidade, em seguida, a oração propriamente dita, um ritual que envolve uma série de curvaturas, toda em árabe, voltada para Meca, a cidade sagrada dos muçulmanos.

Tendo terminada a oração, juntamo-nos à comunidade em um almoço que nos foi oferecido cordialmente, onde interagimos com parte dos muçulmanos presentes. Assim, terminaram-se às atividades, às 13h30min.

Findada a experiência, é possível dizer muito sobre os lucros desta atividade. Primeiro: a ideia nefanda cultivada pelos meios de comunicação foi, em grande parte, extraída e modificada da forma que somente o contato direto, a compreensão e o entendimento são capazes de extirpar.
De outro modo, pode-se dizer que tivemos total êxito em nossos objetivos, visto que tivemos contato e tomamos parte com um culto religioso, o objetivo principal do Dia Devocional, além do qual executamos uma atividade verdadeiramente digna de nota e louvável em sua iniciativa: a de fomentar a tolerância e a compreensão, mais que isso, a de permitir a criação de uma sociedade mais justa e menos dada aos extremismos que tanto corrompem os corações de nossa juventude."


Texto: Raul Rodrigues - Membro do Capítulo Reis Magos nº 15

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Alto custo ou falta de planejamento?

Por Pedro Formiga
Membro do Capítulo Reis Magos nº 15

Por muitas vezes, chegamos a acreditar que a Ordem DeMolay "é cara". Taxas, contribuições com jantares, transportes, inscrições, viagens, estadias, encomendas de camisas, compra de pins, comendas, prêmios etc. Além de gastos extra-capitulares, muitas vezes somos submetidos a um sistema de mensalidades que garantem a regularização anual de todo DeMolay e destina parte desse montante como contribuição para o Capítulo. Ao final das contas, é mais um gasto para todos nós. No entanto, será que estamos certos ao dizer que a Ordem DeMolay é mesmo um ambiente caro?

O objetivo da Ordem é a modelagem do caráter de seus jovens, propiciando a eles um meio onde se possa crescer em vários aspectos. Um deles é o aspecto que concerne à responsabilidade e poder de administrar nossas finanças, tenha passado por um cargo importante ou não. A preocupação de estar adimplente dentro do Capítulo e para com a Ordem em geral também confere aos jovens o senso de competência administrativa. O cargo Tesoureiro dos Capítulos DeMolays oferece uma oportunidade ímpar na vida de um jovem, pois o expõe a um sistema de finanças altamente sério e rigoroso. Afinal, todas as transações da Ordem DeMolay mexem com dinheiro institucional.

Mas, então? Será que estamos antenados para que esse aprendizado chegue até nós? O dinheiro que investimos no Capítulo trata-se de gastos sem volta?

Eis aqui um exemplo que passa claramente aos nossos olhos e, como muitas outras, tornam-se despesas com retorno esquecido. É o caso das mensalidades implantadas pelos Capítulos. Estes oferecem esse sistema como uma forma de garantir a anuidade do DeMolay e destinar parte desse investimento ao caixa do Capítulo, que o utiliza em função de gastos corriqueiros, como restauração de paramentos ritualísticos, compra de materiais que estejam em falta, realização de eventos etc. Entretanto, o atraso de pagamentos pode gerar dessintonia no quadro financeiro do Capítulo, e o resultado desse fator negativo é o aumento de desembolso, fazendo-nos acreditar piamente que a Ordem é, de fato, cara.

Através deste pequeno esquema, podemos reparar o quanto de contribuição pode ser incrementado ao caixa do Capítulo todos os anos, considerando  que haja assiduidade nos pagamentos:




E agora? Reparou quanto dinheiro investimos e sequer observamos seu retorno? Com tamanho investimento, é possível economizar gastos feitos pelo grupo e promover diversas atividades sem precisar de desembolso por parte de ninguém. Afinal, está tudo pago! Quantas confraternizações seu Capítulo consegue fazer só com essa quantia? Pense nisso.

Não subutilize o leque de aprendizados que a Ordem DeMolay lhe oferece! Otimize seu tempo, organize suas finanças, saiba se auto-empreender! Não existe ambiente mais saudável para crescer.