quarta-feira, 21 de março de 2012

Lançamento do livro Basta Um Olhar marca dia internacional da Síndrome de Down em Natal

Hoje é lembrado em todo mundo o Dia Internacional da Síndrome de Down com eventos visando esclarecer esse condicionamento genético e os possíveis tratamentos para os portadores da síndrome. Em Natal, o lançamento do livro Basta Um Olhar, escrito por Kelly Antunes, será um dos eventos voltados para a data. A obra será apresentada ao público às 19h, no Odontoface (Praça Augusto Leite, 656, Tirol). O livro é voltado para pessoas que passaram ou vão passar pelo processo de ter um filho com o chamado Trissomia do 21, a partir do ponto de vista de uma mãe que soube apenas depois do parto que seu filho era portador do Cromossomo 21.

Para autora, Kelly Antunes, o livro serve para elucidar as mães, principalmente as que não têm condições financeiras, que uma criança com a síndrome não é algo ruim para a vida da família e, sim, algo especial. Para Kelly, somente uma família que tem muito o que aprender e ensinar poderia ter em mãos uma criança com Down. "Eu fiz o livro para passar a essas mães, principalmente as mães que não tem condições financeiras, que a síndrome não é nada além de um cromossomo a mais. Essas crianças vão se desenvolver, basta um estímulo. O livro foi feito para preparar os pais de forma que eles não se perguntem "por quê?" e sim "para quê?", tirando a angustia e deixando entrar a tranquilidade na vida dessas mães".

A história por trás de Basta Um Olhar pode ser considerado um exemplo de vida. Segundo Kelly, a negação seguida do luto foram suas primeiras reações, a idéia de criar um filho com uma alteração genética não era algo possível, no entanto, tudo mudou quando ela o viu pela primeira vez. Em suas palavras, o fato de ter um filho saudável e vivo era mais importante que a própria condição que ele apresentava. "O amor que passamos a sentir pelo Gabriel aumentou ainda mais a nossa união", destaca a escritora.

Acompanhamento

A partir desse momento, o filho, Pedro Gabriel, começou a fazer uma série de tratamentos para que ele cresça como qualquer outra criança. Terapia ocupacional, natação, trabalhos de falas com um fonoaudiólogo são apenas um dos tratamentos que ele recebe. "Gabriel é uma criança normal, ele começou a sentar na idade certa, começou a dar os primeiros passos na idade certa e agora não apresenta nenhuma disfunção que o diferencie de qualquer criança considerada normal."


"O cérebro está sempre se renovando"


A terapeuta ocupacional Magnólia Paula Ansaldi diz que a Sindrome de Down não é algo complexo a partir do momento em que o portador da síndrome seja estimulado. "o cérebro está sempre se renovando, na hora que a gente trabalha uma criança, que se estimula, que tem um pai que esteja acompanhando ativamente, o seu desenvolvimento é muito melhor. Hoje tem uma professora com Síndrome de Down, tem jornalistas. Teve um caso de uma pessoa aqui de Natal que passou no vestibular, outro caso aconteceu também em Minas Gerais. Toda pessoa tem uma deficiência, a síndrome é só mais uma", explica.

A Síndrome de Down é uma desfunção genética que atinge qualquer pessoa, independente de raça ou classe social, devido um acréscimo de um cromossomo na hora da formação do embrião. O acréscimo do material genético fica no par de cromossomos 21. Atualmente, uma criança a cada oitocentas nascidas apresenta a Trissomia do 21, tendo o maior registros de casos em mulheres mais velhas.

CRI/CRAs

O Centro de Reabilitação Infantil e Adulto(CRI/CRA) realiza, a partir das 9h, uma programação voltada ao do Dia Internacional da Síndrome de Down. As atividades serão realizadas em parceria com a Associação de Pais de Pacientes com Síndrome de Down. Uma cartilha com informações e orientações sobre a Síndrome de Down será distribuída às mães. Para animar os presentes haverá uma banda musical com os integrantes vestidos de personagens infantis, além de palhaços, brindes e distribuição de balas para as crianças.


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