quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O Templo de Zorobabel (Ed 6:3 e 4)

          Do acadiano, significando “Semente (Descendente) de Babel”, Semente da Babilónia, filho de Sealtiel ou Salatiel, também chamado Pedaías , de acordo com o uso frequente que é dado à palavra “filho”, poderia ser ainda neto ou sobrinho de Salatiel. É também conhecido pelo nome persa Sesbazar . No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, conduziu o primeiro grupo de judeus, que incluía mais de quarenta e duas mil pessoas, de volta a Jerusalém (Ed 2:64), excluindo-se os servos. Este grupo voltou do cativeiro no final dos setenta anos. No segundo ano depois do regresso do cativeiro, ele erigiu um altar e colocou os fundamentos do templo de Salomão em ruínas, que fora destruído por Nabucodonozor (Ed 3:9-13; cap. 4-6). Em todo o trabalho realizado, ele sempre ocupou uma posição proeminente, visto que era também descendente direto de David.
          Não há tantas informações sobre esse templo, em 536 a.C, com a volta da primeira leva de cativos, de Babilônia, os judeus começaram então a reconstrução. Na época o governador era Zorobabel, Josué era líder chave e importante neste cenário, já haviam restaurado o altar, porém a obra no templo tornou-se mais lenta.
          Os profetas levantados por Deus foram Ageu e Zacarias, que incentivando o povo à reconstrução do templo, lembrava-os inclusive de existirem cartas do Rei Ciro que os autorizava a reconstrução. Embora tivessem começado com carinho e presteza, acomodaram-se por causa das dificuldades e o trabalho foi paralisado. Os inimigos, samaritanos, que prejudicaram a obra fazendo-a ficar parada por mais de 15 anos, fez com que os judeus ficassem acomodados e desanimados, outro motivo era que o templo era inferior ao de Salomão.
          Deus pergunta ao povo como podiam viver com tanto luxo, enquanto a sua casa estava em ruínas. O templo era o símbolo do relacionamento entre Judá e o Senhor, mais ainda estava demolido. Ao invés de terminarem a obra, o povo empregava tempo para embelezar suas próprias casas, porém, quanto mais trabalhavam para si mesmos, menos tinham, porque ignoravam sua vida espiritual. O seu trabalho não era produtivo, não era frutífero e suas posses materiais não eram satisfatórias. O problema de Judá eram suas prioridades. Somente em 515 a.C (Ed 6:15) é que foram concluir devido aos problemas de tempos angustiosos, construíam o templo com uma mão na espada e outro na ferramenta de trabalho. Não consta nenhuma informação sobre suas dimensões ou medidas, contudo, supomos ser inferior ao templo de Salomão, de forma que cidadãos diziam que ao terminar a construção seria como “nada”, essa foi a expressão usada na época.
          Então, foi assim que cerca de quinhentos anos antes do nascimento do Salvador, Israel ficou sem templo. O povo dividira-se: havia dois reinos (Israel e Judá) inimigos um do outro. O povo tornara-se idólatra e totalmente iníquo, e o Senhor rejeitara a ele e ao seu santuário. O reino de Israel, formado aproximadamente por 10 das 12 tribos, fora subjugado pela Assíria por volta de 721 a. C. e, cem anos depois, a Babilônia conquistou o reino de Judá. Durante 70 anos, o povo de Judá, que passou a ser chamado de judeu, permaneceu na servidão, exatamente como fora predito. (Jr 25:11–12; 29:10).
          Durante o reinado favorável de Ciro (Ed 1, 2) e de Dario (Ed 6) os judeus receberam permissão de voltar a Jerusalém e voltar a edificar um templo como prescreviam suas crenças. Em homenagem ao diretor da obra, o templo restaurado ficou historicamente conhecido como o Templo de Zorobabel. O alicerce foi colocado com uma cerimônia solene e, nessa ocasião, as pessoas mais velhas que sobreviveram e lembravam-se do antigo templo choraram de alegria. (Ed 3:12–13.) A despeito das formalidades legais (Ed 4:4–24) e outros obstáculos, o trabalho continuou e depois de voltarem do cativeiro, os judeus estavam com o templo pronto para a dedicação. O Templo de Zorobabel foi terminado, exatamente no terceiro dia do mês de Adar, no sexto ano do reinado de Dario.
          A cerimônia dedicatória foi realizada em seguida.(Ed 6:15–22.) É verdade que, no que se refere à riqueza do acabamento e da mobília, esse templo era bem inferior ao Templo de Salomão, mas era o melhor que o povo podia construir e o Senhor aceitou-o como a oferta que simbolizava o amor e devoção de Seus filhos. O fato de que profetas como Zacarias, Ageu e Malaquias ministraram entre as paredes desse templo são prova da aceitação divina.


(Texto sugerido pelo irmão e tio Filipe Bruno, oficial executivo da 1ª região administrativa do Rio Grande do Norte)

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